quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
Estão em pé da esquerda para a direita:
Celeida Ribeiro Maroja
Maria do Carmo Maroja Garro
Flávio Manoel Maroja Garro (bebê)
Rafael Garro
Maria Camerina Maroja (filha de Dona Licota e Doutor Flávio, se tornou freira)
Maria Carmelita Maroja Pedrosa
Tio Pedrosa
Sebastião Maroja Pedrosa (bebê)
Antonia Camara Simões (Dona Antonieta Maroja que, na época, estava grávida do seu quinto filho, Pedro Simões Maroja) Sentados da esquerda para a direita:
Flávio Maroja Filho
Ninosa Ribeiro Maroja (bebê)
Maria da Purificação Castro Carneiro da Cunha Ferreira da Silva Maroja (Dona Licota Maroja, esposa do Doutor Flávio Maroja)
Flávio Ferreira da Silva Maroja (Doutor Flávio Maroja)
Arnóbio Maroja (filho de Dona Licota e Doutor Flávio)
Francisca Evelina Maroja Limeira (bebê) (terceira filha mais velha - quarta na contagem geral- de Dona Antonieta e Arnóbio Maroja)
Sentados no chão da esquerda para a direita::
Pompeu Emílio Maroja Pedrosa
Licota Maroja di Pace (filha mais velha de Dona Antonieta e Arnóbio Maroja)
Flávio Maroja Neto (filho mais velho - segundo na contagem geral -de Dona Antonieta e Arnóbio Maroja)
Ana Flavia Maroja (segunda filha mais velha - terceira na contagem geral -de Dona Antonieta e Arnóbio Maroja)
Maria Flávia Maroja Pedrosa (irmã de Pompeu e Sebastião Maroja Pedrosa)
Celeida Ribeiro Maroja
Maria do Carmo Maroja Garro
Flávio Manoel Maroja Garro (bebê)
Rafael Garro
Maria Camerina Maroja (filha de Dona Licota e Doutor Flávio, se tornou freira)
Maria Carmelita Maroja Pedrosa
Tio Pedrosa
Sebastião Maroja Pedrosa (bebê)
Antonia Camara Simões (Dona Antonieta Maroja que, na época, estava grávida do seu quinto filho, Pedro Simões Maroja) Sentados da esquerda para a direita:
Flávio Maroja Filho
Ninosa Ribeiro Maroja (bebê)
Maria da Purificação Castro Carneiro da Cunha Ferreira da Silva Maroja (Dona Licota Maroja, esposa do Doutor Flávio Maroja)
Flávio Ferreira da Silva Maroja (Doutor Flávio Maroja)
Arnóbio Maroja (filho de Dona Licota e Doutor Flávio)
Francisca Evelina Maroja Limeira (bebê) (terceira filha mais velha - quarta na contagem geral- de Dona Antonieta e Arnóbio Maroja)
Sentados no chão da esquerda para a direita::
Pompeu Emílio Maroja Pedrosa
Licota Maroja di Pace (filha mais velha de Dona Antonieta e Arnóbio Maroja)
Flávio Maroja Neto (filho mais velho - segundo na contagem geral -de Dona Antonieta e Arnóbio Maroja)
Ana Flavia Maroja (segunda filha mais velha - terceira na contagem geral -de Dona Antonieta e Arnóbio Maroja)
Maria Flávia Maroja Pedrosa (irmã de Pompeu e Sebastião Maroja Pedrosa)
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
"Por Minha Vez!" Matéria Escrita pelo Dr. Flávio Maroja em 1930
Matéria de Jornal Publicada em 1930
pelo Dr. Flávio Maroja
"Eu tinha a cabeça repleta dos famosos
conceitos (1) enunciados no discurso do eminente dr. Miguel Couto,
proferido na occasião do transcurso do 101o. anniversario da fundação da
Academia Nacional de Medicina 2 e da excellente chronica de G.
M. (deve ser o dr. Guedes de Mello) sobre Mocidade e Velhice, quando se
completou, a 24 de outubro findo, o grande movimento revolucionario que
sacudia o paiz desde o dia 4 - sem falar nos dias agitados que vinham de longe
(3). Pensei, por instantes, sobre o empolgante acontecimento, fazendo,
"de assalto", um pouquinho de Historia patria. Recordei o
que se havia passado com os vizinhos da Bolivia, do Perú e da Argentina;
levei o meu espírito até o 15 de novembro de 89; vi, pelo pensamento, o
magnanimo Imperador D. Pedro II, e, num mixto de pezar e alegria,
proferi, por minha vez, a sublime e rigorosa sentença: - "Nada
ha perpetuo debaixo do sol, e os proprios reis mais se encontram no exilio
do que nos thronos."
Quando foi a deposição do presidente argentino, sr.
Hypolito Irigoyen, eu disse a alguns de meus intimos, aventurando um
prognostico, que, por fim, se realizou: - a bomba estoirou muito perto,
sendo possível que u'a faisca venha até nós!… (4)
E, para falar com franqueza e sinceridade, foi
sómente nessa occasião, alheio como me achava ao movimento que se tramava
á surdina, que admitti a hypothese do mandado de despejo do occupante do
Cattete.
Disse muitas vezes que não nasci para ser político.
Faltavam-me, além de outros predicados
indispensáveis, o gosto e o geito. Sim, o gosto e o geito.
A primeira Republica apanhou-me na edade dos sonhos
e das esperanças; a segunda, ou a nova Republica, como querem alguns,
encontroume na edade do desalento e das desillusões.
Deixei a politica desde novembro de 1924, conforme
fiz sciente aos chefes e proceres do partido, - isto sem barulho, sem
espalhafato, sem recorrer á hygiene para desinfectar a casa, ou á policia
para apresentar a minha queixa.
Mas, deixei, entediado dos processos da politica
que se não enquadravam bem com o meu modo de pensar, de sentir e de vêr as
cousas pelo prisma que eu imaginava.
Sahi, já se vê, como um revoltado!
Escrevi, distribuindo com alguns amigos, a seguinte
e breve declaração ou despedida: - "Em mim não vejam mais o homem
politico, - mas continúem a vêr o parahybano que, desde o inicio de sua
vida publica, que data de 1889, tem sabido amar a sua terra e procurado
bem servil-a."
Veio, motivado pela successão presidencial, o dissidio
do anno transacto, - dissidio que convulsionou todo paiz; mas eu me
conservei fiel ao meu juramento. E quando me interpellavam sobre o meu
silencio, limitava-me a apresentar a referida declaração, escripta em um
pequeno cartão, que conduzo, para não perder tempo em explicações
enfadonhas e inuteis. E este cartão representa, no momento que
atravessamos, o meu "lenço vermelho", que, digase sem o proposito de
offender, está mascarando a hypocrisia de uns e definindo a convicção de
muitos.
Deixei a politica; nem por isto, convém dizel-o,
deixei os velhos amigos, que me não fizeram de bexiguento,
evitando-me e subindo, quando necessario, as escadas do Palacio a fim de,
perante o govêrno do Estado pleitear favores para o Instituto Historico e
Geographico Parahybano e para a Sociedade de Medicina e Cirurgia da
Parahyba, - dois gremios que estão presos a mim como a sombra ao corpo. E
nunca, devo dizel-o, fui desattendido.
Mas, nessa phase de agitação que sacudiu mais a
Parahyba do que aos outros Estados da Federação, nem o
"liberalismo" me seduziu, nem o "perrepismo" me
fascinou!
No torvellinho das paixões desencadeadas, eu não
perdi, entretanto, o enthusiasmo que sempre tive pela Republica e o amor
que sempre dediquei á minha terra. Convém desde logo registar, com ufania,
que esta, na incandescencia da lucta que aqui se feriu, acatou a
minha resolução de ha 6 annos e respeitou a minha individualidade, por
onde andasse, ou apparecesse.
Para nella viver e nella morrer cheguei a recusar o
offerecimento d'um collega do Rio, para servir na Diretoria Geral de
Saúde Publica, hoje Departamento de Saúde Publica.
E no tempo da presidencia do velho amigo dr.
Epitacio Pessôa, como serme-ia facil u'a remoção, com accesso, para aquelle
Departamento!
Agora, a segunda Republica aconselha-me a quebrar o
silencio e a falar.
Adherir não tenho a que, - visto como, deixando de
ser politico, não deixei no intimo de ser republicano, chorando os
infortunios da minha Patria!
Sempre que no Instituto Historico, em cada 15 de
novembro, discursava, dizia da excellencia do regimen, lamentando o
descaso, a má fé, o inescrupulo e o impatriotismo dos seus arrogantes e
infieis dirigentes.
E o resultado disto já estamos vendo claramente
(5)!
Applaudo, por conseguinte, com toda a firmeza, a
proclamação (6) (vá lá proclamação) da segunda Republica, - sem calculos
reservados, ou pretenções occultas, porque o movimento victorioso que
abalou o paiz inteiro nada me deve (5) para ser franco e sincero
(7). Dentro das minhas possibilidades espero ainda prestar serviços a
minha terra, - sem caracter politico. A despeito dos annos, ainda me não
preoccupa grandemente áquelle "otium cum dignitate" de que
não desdenhou o proprio Cicero, apesar das suas inabalaveis energias. Ahi
tem o que, no momento, julguei opportuno dizer, sem receiar a injustiça, a
má comprehensão, ou a maledicência dos homens.
Brasileiro, eu faço ardentes votos pela felicidade
do meu paiz, confiando que os seus novos dirigentes melhor comprehendam a
belleza do regimen (8) e melhor saibam cuidar dos seus interesses e
possam, sem embaraços, realizar o seu longo programma, curando os males
antigos e prevenindo males futuros (9). E para não serem reformados os
nossos costumes politicos, combatendo os vicios que estragaram a primeira
Republica e desacreditaram os nossos homens publicos, ah, brademos! não
valia a pena o emprego de tanto esforço, tanto trabalho, tanta retorica,
tanta malquerença, e… tanto sacrificio!
Numa das correspondencias de Lisbôa, de
Fidelino de Figueirêdo para o "Diario de Pernambuco", sob o
titulo "Do conceito de geração", lê-se o seguinte empolgante
trecho: - "De resto, na base de toda politica está um acto de fé, -
fé na solvencia da Patria para os seus problemas, fé na
indestructibilidade sempiterna, fé na virtude e no triumpho final da
justiça, fé sem desalento na ajuda de Deus aos homens de bôa
vontade."Que esas fé seja o guia fiel dos novos dirigentes da nova, ou
segunda Republica.”
FLAVIO MAROJA
Transcrito literalmente a
partir de recorte de jornal do acervo pessoal de Maria Flávia Maroja von
Doellinger, neta do autor.
O título do jornal não está visível. No cabeçalho, identifica-se que se
trata de novembro de 1930, mas o dia
exato não está aparente. Pode-se depreender que foi publicado
até o dia 5 do mês, por indícios presentes nos demais textos.
(1) Que “famosos conceitos” de Miguel Couto são esses?
(2) A referida academia foi fundada em 30 de junho de 1829, de
maneira que o discurso por ocasião do 101o. centenário ocorrera
havia poucos meses.
(3) Refere-se à vitória do movimento que ficou conhecido como Revolução de 1930, liderado por Getúlio Vargas.
(4) Interessantíssima relação estabelecida entre um desdobramento
de política interna em um país vizinho e outro no Brasil. Isso é ilustrativo de como um político e intelectual de uma província do Nordeste pensava e acompanhava os acontecimentos sul-‐americanos,relacionando-os, por comparação, ao caso doméstico.
(5) Flavio Maroja atribui a falência da República em queda
aos víciosdos dirigentes, de maneira que fiquem preservadas as virtudes intrínsecas do regime republicano de governo.
(6) Muito interessante que denomine o que passou para
a história ora
como golpe, ora, mais comumente, como
revolução, como uma proclamação. Qual seria o conteúdo proclamado?Note-‐se que o
autor mesmo não está seguro
da adequação da escolha vocabular.
(7)Os comentários elogiosos poderiam ter sua isenção contestada pela suspeita de que o autor pleiteava uma boa posição na nova acomodação
de poder, uma vez que os elogiados saíram vitoriosos.
(8)Neste passo,também transparece uma opinião de Flavio
Maroja sobre os
motivos do fracasso da dita primeira
República: seus dirigentes não compreenderam bem “a beleza do regime”
republicano,nem representaram adequadamente os interesses dela.
(9) Uso de linguagem
relacionada à Medicina, área de formação acadêmica do
autor.
Carta do Dr. Flávio Maroja ao seu Pai em 1885
Figura 1- Primeira e quarta páginas da Carta do Dr. Flávio Maroja ao seu pai em 1885
Figura 2 - Segunda e terceira páginas da Carta do Dr. Flávio Maroja ao seu pai em 1885
Fotos da Carta ORIGINAL escrita
pelo Dr. Flávio Maroja em 13 de março de 1885, quando estudava medicina em
Salvador na Bahia DIRIGIDA AO SEU PAI.
Observar que nesta foto estão a
primeira e a quarta páginas (última), e na segunda foto estão a segunda e
terceira páginas.
É importante destacar que o
mesmo concluiu o curso médico na capital do Império, Rio de Janeiro em 1888,
recebendo o anel de formatura do Imperador Dom Pedro II, aproximadamente um ano
antes da proclamação da república.
Um grande abraço aos meus
parceiros nesta tarefa.
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